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Sinopse: Depois de sofrer um duro golpe no mundo político, Madeinusa decide se tornar um detetive particular com o objetivo mostrar o quanto ele é capaz de fazer algo bom. O grande problema aqui é o seu jeito atrapalhado, que não lhe dá nenhum crédito para ser levado a sério. Agora, ele precisa desvendar um mistério para convencer a todos.
Sem a menor sombra de dúvidas, eu afirmo que o gênero do cinema brasileiro que já tem filmes produzidos ao longo de décadas é a comédia. Ao mesmo tempo, eu também afirmo (e também sem sombra de dúvidas) que esse gênero é o que mais vendo deteriorado ao longo das mesmas décadas. Este filme é um exemplo disso, e mostra com veemência, sem fazer nenhum esforço, o quanto ainda é preciso evoluir para fazer “comédias” (ainda que bem genéricas) por aqui.
Não é preciso ser nenhum roteirista renomado para escrever comédias com toques clássicos nonsenses, basta apenas seguir uma “cartilha” que já existe, porém, com uma execução apropriada para fazer os clichês do gênero funcionarem. Isso é justamente o que não acontece aqui, porque apesar do roteiro ter uma ideia essencialmente boa, a execução do mesmo é um completo e gigantesco desastre. Sinceramente, foi uma missão difícil assistir este filme até o seu desfecho.
Na trama, o atrapalhado “detetive” Madeinusa (nomenclatura com “analogia” da pior qualidade para criar um paralelo com o lado americano) é contratado por um lobista bilionário para investigar (e obviamente solucionar) o roubo de um boi premiado de grande valor. Sozinho ele nunca iria conseguir, então ele une forçar com um time inesperado: seu assistente Uóston, Marcela (garçonete vidente), Larissa (vendedora em loja de acessórios) e Zuleide, que é uma hacker.
Juntos, eles começam a encontrar as peças do “quebra-cabeças”, e o roteiro vai ficando cada vez pior à medida em que tudo dentro da narrativa vai sendo aprofundado. Sinceramente, é impressionante (negativamente falando) saber que essa trama foi escrita por cinco pessoas, porque o nível de precariedade no projeto inteiro é altíssimo, e é justamente por isso que absolutamente nada funciona pelos motivos corretos. Nem mesmo as piadas, que deveriam ser o “trunfo”.
O toque cômico é datado, principalmente porque a grande maioria das piadas são conhecidas ou mal executadas (por exemplo, o uso que envolve a quebra da quarta parede... que é quanto o elenco olha para câmera e fala com o público). Além disso, não há a menor preocupação em entregar uma estória com o mínimo de credulidade (ainda que seja pura comédia genérica, o público precisa comprar o que está sendo construído na tela), o que tudo em algo ainda mais fútil.
No elenco (que nem vale à pena ser mencionado nominalmente porque o tralho é realmente péssimo) liderado pelo comediante Tirullipa (o protagonista que ironicamente é o pior personagem de todo o filme), tudo é uma confusão de grandes proporções. Literalmente, eles estão completamente perdidos em cena e parece até que o diretor Rodrigo Van Der Put embarcou na mesma ideia, porque o trabalho dele é uma das piores coisas que eu já tive o desprazer de assistir.
No lado técnico, o filme se mostra como uma produção de baixo orçamento (embora conte com um grande número de participações especiais, que na verdade são amizades contratadas para fazer pequenas cenas por um cachê módico, eu diria) que não impressiona em nenhum aspecto. Muito pelo contrário, impressiona por ser algo tão mal feito (e um exemplo muito claro disso é o horrível trabalho feito nas edições das cenas) e impossível de acreditar em alguns pontos.
Apesar dos seus raríssimos momentos supostamente “engraçados” (que só são engraçados pela vergonha alheia que é causada no público), Detetive Madeinusa é um filme que eu realmente não recomendo para absolutamente ninguém assistir (nem mesmo como um simples passatempo). Um amontoado de clichês desesperadamente mal executados e um projeto que não se leva a sério nem por um momento sequer, o que obviamente termina em uma grande decepção.
Todo o conteúdo, imagens e edições foram produzidos por @wiseagent para a comunidade @HiveBR.
[EN]
Synopsis: After suffering a severe blow in the political world, Madeinusa decides to become a private detective with the aim of showing how much good he is capable of doing. The big problem here is his clumsy manner, which doesn't give him any credit to be taken seriously. Now, he needs to solve a mystery to convince everyone.
Without the slightest doubt, I say that the genre of Brazilian cinema that has movies produced over decades is comedy. At the same time, I also affirm (and also without a shadow of a doubt) that this genre is the one I see deteriorated the most over the same decades. This movie is an example of that, and shows vehemently, without making any effort, how much progress still needs to be made to make “comedies” (even very generic ones) here.
You don't need to be a renowned screenwriter to write comedies with classic nonsense touches, you just need to follow a “playbook” that already exists, but with appropriate execution to make the genre's clichés work. That's precisely what doesn't happen here, because despite the script having an essentially good idea, its execution is a complete and gigantic disaster. Honestly, it was a difficult mission to watch this movie until its end.
In the plot, the clumsy “detective” Madeinusa (nomenclature with the worst “analogy” to create a parallel with the American side) is hired by a billionaire lobbyist to investigate (and obviously solve) the theft of a prized ox of great value. He would never be able to do it alone, so he joins forces with an unexpected team: his assistant Uóston, Marcela (a psychic waitress), Larissa (a saleswoman in an accessories store) and Zuleide, who is a hacker.
Together, they begin to find the pieces of the “puzzle”, and the script becomes increasingly worse as everything within the narrative is deepened. Honestly, it's impressive (negatively speaking) to know that this plot was written by five people, because the level of precariousness in the entire project is extremely high, and that's precisely why absolutely nothing works for the right reasons. Not even the jokes, which should be the “trump card”.
The comic touch is dated, mainly because the vast majority of the jokes are known or poorly executed (for example, the use that involves breaking the fourth wall... which is when the cast looks at the camera and talks to the audience). Furthermore, there is no concern whatsoever about delivering a story with a minimum of credulity (even if it is pure generic comedy, the public needs to buy what is being constructed on screen), which all adds up to something even more futile.
In the cast (which isn't even worth mentioning by name because the work is really terrible) led by the comedian Tirullipa (the protagonist who ironically is the worst character in the entire movie), everything is a huge mess. Literally, they are completely lost in the scene and it even seems that director Rodrigo Van Der Put embarked on the same idea, because his work is one of the worst things I've ever had the displeasure of watching.
On the technical side, the movie appears to be a low-budget production (although it has a large number of special appearances, which are actually friends hired to do small scenes for a modest fee, I would say) that does not impress in any aspect. Quite the contrary, it is impressive because it is so poorly done (and a very clear example of this is the horrible work done in editing the scenes) and impossible to believe in some points.
Despite its very rare supposedly “funny” moments (which are only funny because of the embarrassment caused to the public), Detetive Madeinusa is a movie that I really do not recommend for absolutely anyone to watch (not even as a simple pastime). A pile of desperately poorly executed clichés and a project that doesn't take itself seriously for even a moment, which obviously ends in a huge disappointment.
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